quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Na Vida, de passagem



Algumas pessoas passam por nossas vidas com um propósito.  Passam por aqui só para dar um oi, uma passagem breve, mas nos ensinam muita coisa e nos fazem crescer como poucas escolas fazem.  Um desses eventos da vida que mudam tudo o que achamos saber.

Recentemente me despedi de uma dessas pessoas...  Falava pouco, mas se comunicava de outra forma, mais etérea.  Me ensinou sobre a vida, sobre estatísticas, sobre biologia e genética.  Me ensinou a amar ainda mais a Sra. Turtle, e que todos os problemas que temos na vida e consideramos importantes, sejam eles no trabalho, o chefe, a revisão do carro, o trânsito, o shank, o atendimento da NET, são irrelevantes.

Me ensinou a ver a vida de outra forma. Me fez ser forte, me fez ser feliz e depois encarar a tristeza da despedida com coragem e esperança.  Foi embora sem lagrimas, sem fazer barulho, e sem escolher o caminho.  Apenas o destino.

Passou, ensinou, e partiu.

Seu nome era Nina.

The Turtle

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Quais as chances da Dilma perder a eleição?



Essa pergunta me foi feita, por um amigo americano radicado no Brasil, a alguns momentos atrás. E me fez pensar.  Como ele nunca viu uma eleição por aqui, não conhece a dinâmica e as regras.  Ele olha para os números das pesquisas, começa a ver uma chance mas é difícil avaliar o tema.

Pois bem, para responder coloquei a ele alguns pontos:

1 - Os números de intenção de votos, neste momento, pouco importam.  Algumas pesquisas colocam Dilma uns 15 pontos a frente do Aécio, que está empatado com Campos.  Outras colocam a presidente a pouco mais de 8 pontos, já indicando segundo turno.  Apesar de ser um importante termômetro de tendências, não vejo os números em si tão relevantes.  Don't take it at face value.  O importante são os índices de rejeição dos candidatos, e de aprovação (ou não) do governo atual, e nesta altura do campeonato conta mesmo é a matemática de ida ou não ao segundo turno.

2 - A Dilma estava forte, levando de trivela, mas engasgou.  Engasgou lá atrás, no meio de 2013, durante os protestos.  O povo se rebelou, e é lá que coloco o início do desespero.  Se recuperou, anunciou coisas que não pode cumprir, o mercado deu uma melhorada (tanto financeiro quanto o duo inflação/desemprego) mas foi fogo de palha.  A estiagem veio (nunca ache que a natureza não pode influenciar, mesmo que diretamente, um pleito), e os alimentos subiram entre 10 e 20%.  Brasileiro em geral é pobre e pensa com a barriga (ou com o carnê das Casas Bahia), e começou a ver que o dinheiro valia menos do que parecia.

3 - Inflação é algo que foi domado a 20 anos, saiu do radar imediato das pessoas, mas inconscientemente ainda está na cabeça do cidadão que vive por aqui.  Dilma e sua equipe acharam que "só um tapinha não dói", e um pouco de inflação seria aceitavel para o crescimento baseado em crédito continuar a funcionar.  Mas o medo está lá, enraizado, como o stress em alguem que volta calmo de férias mas estoura logo na primeira reunião. Decidiram inflar a economia na base do consumo, e a conta está aí, vencendo antes do que se pensava.  E ainda nem pagamos a conta-petróleo e de energia elétrica, que promete piorar as coisas.

4 - Pouca coisa tem funcionado no Brasil.  Mesmo a responsabilidade básica do estado é fraca.  Saúde pública já é ruim nos estados ricos (onde o PSDB, por sinal, está na frente), e nas áreas mais carentes então a situação é caótica.  A Infraestrutura está 10 anos aquém do necessário (coicidentemente o tempo que Lula surfou o bull market de commodities e BRICS sem investir), não temos energia suficiente para aumentar a produção industrial, e muito mesmo como escoar nossas safras recordes com eficiência. A Segurança Pública é uma questão a parte (morre por ano a mesma quantidade de gente assassinada que os Estados Unidos perdeu em 5 anos de guerra do Vietnã), e há uma suspeita imensa de que integrantes do governo federam sejam sócios dos grandes traficantes da América do Sul.  Por fim, a Educação, que deveria ser o pilar das mudanças a longo prazo, é tratada como instrumento de doutrina de esquerda, sem gerar o conhecimento necessário para nos colocar competitivamente no mundo (vale ler a entrevista de Claudio Haddad na Veja da semana de 05 de Maio).

5 - Voltando à Economia (já falamos de inflação), o governo não acerta uma sequer medida para tentar corrigir o rumo, com medo de ser impopular e fazer ruir o que resta de sua aprovação.  Uma equipe fraquíssima rege o Banco Central e o Ministério da Fazenda.  Sem coragem ou conhecimento técnico para encarar de frente a real situação, decidem enfrentar o mercado e dar remédio contra os sintomas pontuais ao invés de algo mais forte (e amargo) para curar a verdadeira doença.

6 - Enquanto tudo isso acontece, temos dois grandes temas no radar: a Copa do Mundo, com seus escandalos de gastança desenfreada em estádios e o inverso com pouquíssimos investimento em obras perenes (mobilidade, segurança, etc). É incrível, mas teremos um evento baseado na maior paixão nacional que conseguiu virar a população contra o que mais ama; e os Escandalos Múltiplos da Petrobrás, Odebrecht, Correios, IBGE, Youssef, Andre Vargas e o atual candidato do PT ao estado de São Paulo já nas cordas metido na lama.  Tarso Genro acabou com o Rio Grande do Sul, estado que poderia dar votos a Dilma (conterrânea).

7 - Temos o partido da situação clamando pela queda da atual presidente e a volta de Lula, que não volta de jeito nenhum (o nome dele já está na história como um ótimo presidente, será que vale a pena assumir o problema e ministrar o tal remédio amargo?).  Mesmo assim, é um péssimo sinal, assim como é também o PMDB debandando da base aliada, como ratos que fogem primeiro durante o naufrágio de um navio.

Mas e a oposição?

Aécio e Campos, dois candidatos inteligentes e com discurso republicano, somaram o resultado (negativíssimo) dos tópicos 2 a 7 acima e se capitalizaram menos em méritos próprios e mais nos erros dos outros.  Primeiro, chegaram a um acordo de armistício onde quem for para o segundo turno leva consigo o apoio do outro e dá lugar a eles no novo governo.  Segundo, entenderam o esgotamento do modelo sul-americano de populismo, que tende a não funcionar no Brasil (como foi feito na Argentina, Bolivia e Venezuela) pois o governo trouxe para cima as classes D e E e eles não querem voltar a viver na miséria.  E, terceiro, criaram a possibilidade de um novo governo sem o PMDB sendo o fiel da balança, algo que nunca se viu em nossa jovem república democrática.

Mas por favor, leitor, veja que eu não falei bem dos candidatos de oposição o tanto quanto falei mal da atual presidente e seu exercito marxista.  A questão central é exatamente esta: se tivermos APENAS uma chance de que alguém pare de fazer as coisas erradas e pense como alguem do século XXI, que não combata o desemprego ou a inflação diretamente mas sim crie condições para que os dois desapareçam, que entenda que o estado é um mau administrador de empresas.  Um governante que tenha noções basicas do que funciona ou não, que tenha BOM SENSO para focar em um bom ambiente de negócios, em infraestrutura, educação básica, segurança (outro remédio amargo)... aí sim, talvez tenhamos uma chance.

Estamos longe de ter um Ronald Reagan ou uma Margareth Thatcher (e talvez nem precisemos rumar por tais caminhos).  Ainda não temos maturidade política, nossa democracia e nossa estabilidade econômica
estão em sua infância. Mas parar de fazer as coisas erradas já será um bom começo.

Se a política é a arte do menos pior, temos então duas opções que parecem ser razoáveis. Que venha então o segundo turno. Vote com consciência.

The Turtle

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Disclaimer: sou de direita, vou votar na oposição e meu texto tem sim viés político para este lado.  Este viés vem do sentimento de frustração, medo e desilusão que sinto com este país e sua administração loteada.  Não espere imparcialidade, isso aqui é um blog privado e tem dono.  E você certamente não é o dono.


domingo, 4 de maio de 2014

O Brazil do medo



O governo ficou louco.  Sério.  Mais aumento de impostos, Mantega falando que a correção da tabela de IR é de 4.5% pq esse é o centro da banda de inflação, 25% da população vivendo de assistência governamental (Bolsa-etc...), 44% da população em idade produtiva sem procurar emprego (e, logo, fora da conta do desemprego), um escândalo atrás do outro...

Isso tem MUITO cheiro de tempestade perfeita, de atitude desesperada, de golpe de estado.  Não precisa ser golpe armado, pode ser meter a mão na urna eletrônica ou até desestabilizar de vez o país quando ver que vai perder a eleição (matéria do Estado de SP hoje fala do pavor dos funcionários de carreira do BC e do Min. da Fazenda).

Some-se a isso um povo iletrado que, quando busca educação, passa a ser lobotomizado para aceitar a luta de classes, o "nós versus eles", o conceito de que lucro e empreendedorismo são crimes, que meritocracia é a fonte de todos os males da nação.

O Brazil (sim, com Z, meu protesto velado até que a coisa mude de rumo) está completamente do avesso.  A CUT vaia o PT (whaaat??), o partido que rege o governo é sócio dos narco-presidentes da América Latina, as estruturas republicanas estão ruindo.

Meu sentimento, hoje, é de medo.  Não consigo indicar medo do que, talvez porque o medo seja geral e disseminado.

Medo.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Frase da Semana (corporate life edition):




Daí o trader vira para o estagiário, no meio do pregão, e solta:  

"CALA A BOCA ANIMAL, SE NÃO SABE, NÃO INVENTA! VOCÊ TÁ MAIS PERDIDO QUE O AVIÃO DA MALASYA!!!!"

Sem mais,

The Turtle

sexta-feira, 7 de março de 2014

O Fim, O Começo e O Meio....

Yea, though I walk through the valley of the shadow of death, I will fear no evil: for Thou art with me; Thy rod and Thy staff they comfort me.~ Psalm 23:4 ~



O Fim.... sim, chegamos ao fim.  Depois de 2 anos e 40 dias volto a trabalhar.  Digo isso sabendo que nestes dois anos eu trabalhei, sim, mas de um jeito diferente.  Trabalhei em coisas de interesse pessoal, aprendi a operar, a cuidar do meu dinheiro, a viver com menos dinheiro, a dar menos importância ao que eu achava importante e me importar mais com o que eu tinha como certo.  Eu não quero mais a última Canon, o último relógio de mergulho, meu Tag Heuer está na gaveta, guardado.  Eu vivo de calça jeans e camiseta, com um terço do dinheiro que eu gastava antigamente e muito mais feliz.  Dou valor ao aprendizado e às pessoas, que sempre achei um tanto quanto.... enfim, vamos parar por aqui.  Em compensação, vejo a grama com um significado diferente, o tempo como um ativo precioso e o saldo na conta apenas como um facilitador de coisas que podem acontecer.  Estou quase completo, quem está 100%?  Acho difícil, mas esta lacuna nos mantem vivos, famintos e ambiciosos.

O Começo...  volto para a casa que me solidificou como profissional, em uma posição completamente nova que irá exigir estudo e paciência, muito esforço interpessoal e, por que não, mais paciência (sim, estou me repetindo.  É isso mesmo, são duas doses).

O Meio... difícil descrever tudo.  O sabático veio planejado mas também de supetão.  Teve a fase da ilusão maravilhosa, do não precisar de ninguém.  Da raiva, do "in your face" com o projeto em que estava, as fases depressivas, os ups and downs.  Teve a fase de consultoria, tiveram as viagens (ski nos USA, história na Turquia, tubarões infinitos na Costa Rica, trabalho familiar na Asia, mergulhos em Turks & Caicos e Belize, Boston & NYC...) e a incrível experiência de estar sentado ao lado de dois dos grandes traders do mercado financeiro brasileiro.  O aprendizado, os calls que deram certo e os que deram errado.  O grande trade do Dolar/Real em 2013 e o de Café Arabica no começo de 2014.  A experiência de quase morte do Episódio Guarujá.  As perdas pessoais e familiares.  A ajuda aos pais, e a ajuda dos pais.  120 partidas de golfe, aproximadamente.  O handicap caiu de 25.3 para 18.5, mais de 25% de melhora.  A coragem de dar passos largos, e o aprendizado de que ser empresário neste país é, infelizmente, um risco inconsistente com os ganhos.

Eu mudei.  Eu estava doente, já falei sobre isso... seja física ou psicologicamente, eu precisava de uma ruptura de vida.  As dores nas costas foram embora.  A ansiedade, o medo de não realizar, o medo de não ter salário, o medo de não ter carreira.  Vi meus amigos subirem.  Vi pessoas mais novas me ultrapassarem.  Estão todos de parabéns, fico feliz e de maneira nenhuma me arrpendo.  Faz parte do jogo.  O que aprendi não é mensurado em dinheiro, cargos, poder ou áreas de influência. O que aprendi é interno, não tem tamanho, não tem massa... e não foi, ainda, colocado em prática.

Chegamos então ao desafio.  Viver a vida corporativa de outro jeito.  De uma maneira mais leve, porém não menos produtiva.  Um tom abaixo, como um roqueiro envelhecido, mas mais experiênte.  Bono aprendeu a levar Sunday Bloody Sunday de outro jeito, Axl leva Sweet Child em outra escala, em outro tom.

As armadilhas estarão lá.  Esperando para te trazer de volta, como uma droga que faz mal mas faz bem.  Means to an end, não posso me esquecer.

Foi um caminho com curvas... um caminho com altos e baixos... um caminho que exigiu coragem e me fez questionar as escolhas feitas.  E, olhando para trás, para baixo, para o vale, só posso agradecer a tudo e todos que me fizeram passar pelas provações, pelos desafios, pelo stress e até os que diretamente me fizeram mal.

Obrigado a todos.

The Turtle, 2.0





sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

A Preguiça, a Vergonha e o novo ano....

Muito bem.... tendo mais de 10% do ano decorrido, decidi que é hora de outro post. Logo, segue uma breve recapitulação:

"...Previously on Na Vida a Passeio..."

2014 começou no exterior, terra civilizada porém congelada.  Museus, jatos de combate, compras acima do limite do cartão de crédito... enfim, típicos brazileiros sacoleiros passando tempo acima da linha do equador.

Lá pelo dia 15 de janeiro voltei ao batente. Sala nova, mais espaço, passei a olhar o mercado com mais cuidado.  Além disso, as entrevistas estavam sendo retomadas.  A vida começou, lentamente, a andar (neste ano em que NADA, absolutamente nada irá se mover a passos decentes).

Fiz poucos trades em Janeiro, fechei positivo.  Em Fevereiro aumentei a mão mas, até agora, estou no zero a zero.  É uma no prego, outra na tábua.

Sinceramente, meu sentimento é que estamos caminhando para uma situação perigosa.  Ninguém respeita a polícia, o estado está mamando na teta do tesouro como nunca antes, estamos entrando em um regime de Stagflação e esse ano será, na melhor das hipóteses, perdido.



Minhas previsões:

 - Dolar fecha o ano entre R$ 2.65 e 2.90

 - Bolsa fecha o ano a 60.000 pontos

 - Petro vai outperform

 - Dilma perde a eleição, PT tenta melar o processo (ou mete a mão na urna eletrônica)

 - Mais protestos, violentos, contra governo, copa, aumento de preços

 - População começa a reagir à violência, irá pedir a revogação do processo do desarmamento, atropelar assaltante e amarrar mais trombadinhas em poste.

Eu desejo mesmo é voltar ao trabalho carreirístico, tocar minha vida e construir uma casa.

E, depois, retomar meu projeto de World Domination!!!

Viva o Capital, Abaixo aos comunistas!

The Turtle

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

A Long December...


"A long december and there's reason to believe, maybe this year will be better than the last..." 


2013... fim... foi bom? Ruim?

O ano que passou foi um ano de provações, desafios e aprendizado.  Foi um ano onde voltei à realidade, mesmo ainda estando em período sabático.  

Começou com um problema de saúde, misturado com perdas financeiras no mercado futuro.  A moral caiu, e com ela o espírito.  Lá por abril/maio consegui um "freela" de consultoria, e por 3 meses e pouco me dediquei a um projeto novo.  Cobri as perdas, ou ao menos parte delas, e peguei o gosto pela vida corporativa novamente. 

Em julho eu já estava bem animado, com um projeto novo (pessoal) de real estate na cabeça.  No dia seguinte ao qual tomei a decisão de investir, em um assalto bizarro, quase perdi meu irmão, um amigo e a minha própria vida.  Desisti de tudo e resolvi ir embora do Brazil, país do nunca chega.

Tive finalmente a confirmação de estar novamente saudável, só para tomar outro baque logo depois.  Um grande sentimento de perda atingiu a família, mas superamos.  

No 2o semestre voltei, ou melhor, resolvi voltar ao mercado financeiro.  Passei, e continuo passando, por algumas baterias de entrevistas em diversas instituições, mas o mercado continua fraco.  Também no 2o semestre, minha operação no mercado futuro virou para cima e passei a ganhar dinheiro.  Me juntei a outros dois traders e juntos alugamos uma sala para melhor dividir as ideias e discussões de mercado.  Dinheiro bem investido, já que só de experiência ali tem muito mais de 30 anos de mercado.

Em 2013 também viajei muito.... Turks & Caicos, Belize (as duas para mergulhar), Estados Unidos duas vezes.  O dinheiro mais bem gasto no mundo, aprendi finalmente, é em experiências.

Meu jogo de golfe progrediu.  Minha psicologia também, e me dei alta da terapia por um tempo.  Este foi outro dinheiro muito bem gasto. 

Errei no meu assessment de mercado.  Achei que o IBOV iria subir, o dólar ficar estável e o S&P500 cair.  Foi tudo ao contrário, mas isso é normal.  O grande erro mesmo foi ter demorado tanto para virar a mão.  Mudei meu jeito de operar, saí um pouco do trend following e passei ao day trade de dólar futuro.  Fiz dinheiro.  Aprendi a operar maior.  Evitei, porém, a alavancagem.  Esse tempo ainda ira chegar.

Depois de muito pensar, resolvi que o projeto de RE vai sair.  Vai ser divertido, trabalhoso e custar caro.  Mas vamos em frente.

Vez ou outra tirei a guitarra do armário.  Vendi o equipamento de foto-sub. Troquei de carro.  Remoí velhos estigmas e frustrações.  Me apavorei.  Me diverti.  Briguei e fiz as pazes.  Cozinhei, e depois abandonei a cozinha.  Ainda não fiz um hole in one, mas fiz um eagle no 17 do Guarapiranga.

Muita coisa aconteceu em 2013.  Não foi o melhor dos anos, mas está longe de ser o pior.  O ano termina melhor do que começou, eu estou vivo e feliz.  

2014? Bora lá...

The Turtle

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A time to fight, a time to run...


Algumas vezes, na vida, temos que deixar as coisas passarem para não ter um problema maior.  Temos que nos desapegar de pessoas, de familiares, de sociedades, empregos, casamento... seja o que for, após ter feito o possível para salvar o que se quer salvo, temos que assumir que a energia para tal empreitada está sendo mal utilizada.

Eu já passei por isso algumas vezes.  Nunca me arrependi.  Quando deixei o afeto infantil para trás, não sabia que um dia voltaria a tê-la, muito mais próxima e permanente.  Quando deixei um emprego no banco americano, para me juntar a um novo projeto, foi difícil deixar a segurança mas foi recompensador.  E quando deixei o projeto, onde era sócio, para ir para casa cuidar de mim, custei a entender (mas pelo menos aprendi de vez) que não se pode salvar o que não deve ser salvo.

Desta vez, o problema é uma amizade que surgiu a tempos atras mas se depreciou.  As boas conversas viraram discussões intermináveis.  Não há mais momentos bons, apenas disputa.  Eu, obviamente, tenho culpa no cartório.  Nunca seria estúpido o suficiente para me achar 100% certo.  Mas sei que, da maneira como a situação está sendo abordada, só vai piorar.

Espero que o afastamento de agora gere frutos no futuro.  Temos que estar prontos para o que vier, mas pelo menos podemos esperar pelo melhor resultado.

The Turtle

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Novembro pagou! E outros comentários esporádicos...

 - Mais um mês de bons resultados, trazendo meu 2o semestre para quase 8% de ganhos.  Pena que, no ano, ainda estou 12% negativos, mas isso faz parte do jogo.

 - O mercado de trabalho está soft, muitas entrevistas mas poucas chances de finalização.  Estou vendo muita gente desistindo do bonus e indo tirar sabático.  Minha antiga empresa é, provavelmente, a maior fábrica de sabatiqueiros de São Paulo, mas não só de lá saem os novos bons vivants.

 - A maioria das tesourarias está perdendo dinheiro.  Isso não faz minhas perdas menos dolorosas, mas pelo menos eu não estou no buraco sozinho.  Weird feeling, pois não me parece certo.

 - O Brasil está chegando, aparentemente, num ponto de ruptura:  não há crescimento, há um escandalo atrás do outro, governo tentando confiscar obras de arte, bens offshore, aumentando impostos e ferrando o pequeno empresário.  O dolar disparando, a bolsa nao passa da casa dos 50.000 pontos, o superavit é maquiado, a Petrobras está em estado lastimável, ninguém quer os projetos de infraestrutura, e a copa vem aí e não estamos nem perto de estarmos em condições de receber o mundo.  O morro está descendo e assaltando na cara dura.  E o exército vai mandar 1500 soldados para cada sede dos jogos para, aparentemente, controlar os manifestantes!  Isso me parece errado, afinal eles deveriam estar mesmo é passando chumbo nos criminosos.


 - O PT está doido para derrubar o PSDB e o resto da oposição.  Inventam dossiês (já vimos isso na época dos aloprados), faz populismo, luta contra a maior corte jurídica do Brazil. O Lula está em campanha e falou em um almoço com banqueiros (isso vem da boca pequena) que se o país for rebaixado ou se a Dona Dilma cair abaixo dos 35% ele volta automaticamente como candidato.  Será?

 - Eu vou torcer contra o Brazil na copa.  Sinceramente, quero que percam na 1a fase.  Não me pergunte porquê, eu não lhe devo explicações.

Vai dolar!!

The Turtle